🌍 🍃A Força da Agrofloresta e a Importância dos Sistemas Agroflorestais (SAFs) na Região Metropolitana de São Paulo🍃 🌍

Joyce Montes
22 de nov. de 2024
3 min de leitura

Recentemente, a agrofloresta ganhou destaque internacional ao ser utilizada na decoração das mesas de discussão dos chefes de Estado durante o G20, realizado no Rio de Janeiro. Esse projeto paisagístico, que contou com 80 espécies dos seis biomas brasileiros, não apenas encantou os participantes pela beleza natural, mas também simbolizou a união entre conservação ambiental e desenvolvimento sustentável. O protagonismo de mulheres do Morro da Providência na criação dessa agrofloresta é um exemplo inspirador de como iniciativas locais podem ter impactos globais, destacando o papel das comunidades na implementação de soluções sustentáveis.

Esse cenário é especialmente relevante para a região metropolitana de São Paulo, que enfrenta desafios como desmatamento, poluição do ar e crises hídricas. Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) despontam como uma solução viável e necessária para esses problemas, integrando a recuperação ambiental com a produção agrícola sustentável.

Os Benefícios dos SAFs para São Paulo

Os SAFs combinam o cultivo de espécies agrícolas com árvores nativas ou frutíferas, promovendo biodiversidade, enriquecendo o solo e protegendo recursos hídricos. Para a região metropolitana de São Paulo, que abriga uma das maiores populações urbanas do mundo, essa abordagem pode:

Contribuir para a Segurança Hídrica: A restauração de áreas degradadas com agroflorestas melhora a infiltração da água no solo, protegendo nascentes e mananciais que abastecem a cidade.
Mitigar as Ilhas de Calor Urbanas: A introdução de vegetação em áreas periurbanas reduz a temperatura, melhorando a qualidade de vida.
Aumentar a Resiliência Alimentar: Com a crescente demanda por alimentos frescos e de origem sustentável, os SAFs podem oferecer produtos locais, reduzindo o impacto ambiental do transporte.

Agrofloresta como Estratégia ESG

Além dos benefícios ambientais e sociais, a agrofloresta se encaixa como uma importante ferramenta no cumprimento das metas ESG (ambiental, social e governança) de empresas e governos. Durante o G20, práticas sustentáveis como a agrofloresta foram debatidas como estratégias para combater mudanças climáticas, restaurar ecossistemas e promover uma economia de baixo carbono.

Na região metropolitana de São Paulo, a adoção dos SAFs por empresas e iniciativas públicas não apenas ajuda a reduzir a pegada ecológica, mas também pode gerar empregos verdes, capacitando moradores de áreas vulneráveis. A experiência do Morro da Providência reforça como ações comunitárias podem se transformar em exemplos de sucesso em sustentabilidade e inclusão.

Uma Nova Visão para São Paulo

Enquanto produtores rurais em todo o país abraçam os SAFs como uma forma de restaurar o equilíbrio dos ecossistemas, São Paulo tem a oportunidade de se tornar referência em agrofloresta urbana e periurbana. Esse movimento já atrai pessoas de diferentes áreas, que, após a pandemia, buscam práticas agrícolas mais sustentáveis e integradas à natureza.

Iniciativas como a recuperação de áreas verdes em cinturões agrícolas ao redor da cidade, a capacitação de pequenos produtores e o apoio a projetos comunitários podem transformar a relação da metrópole com o meio ambiente. A agrofloresta deixa de ser apenas uma técnica agrícola e se torna uma solução essencial para construir uma cidade mais verde, sustentável e resiliente.

A história da agrofloresta no G20 e o crescente interesse por essa prática no Brasil mostram que já temos o conhecimento e os exemplos necessários para avançar. Agora, é hora de São Paulo assumir seu papel de liderança em inovação sustentável.

Acreditamos que, ao capacitar pessoas e empresas para tomarem decisões mais conscientes, estamos promovendo mudanças significativas que impactam positivamente tanto o planeta quanto a sociedade. Na JMBio, integramos práticas ambientais e desenvolvimento humano para que, juntos, possamos construir um futuro sustentável e equilibrado.

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